Com a proximidade das eleições municipais, a oposição ao prefeito Jorge Roberto Silveira eleva o tom das críticas ao governo e descortina um cenário de forte disputa no município que ocupa um lugar estratégico na região leste metropolitana.
Nos anos 70, Niterói vivenciou uma grave crise com a fusão entre os Estados do Rio e da Guanabara, a perda do status de capital para a cidade do Rio de Janeiro, levou o município a um esvaziamento econômico e político que só foi superado a partir do primeiro governo de Jorge Roberto, neste período, o município redefiniu prioridades e voltou a experimentar um processo de desenvolvimento que a incluiria entre as principais cidades brasileiras.
Niterói foi praticamente reformulada, o declínio econômico e político se refletia na imagem de decadência e o abandono era agravada com a sujeira e o lixo nas ruas. A criação da companhia de limpeza da cidade (CLIN) marcou simbolicamente a recuperação da cidade e a retomada da auto-estima da população niteroiense. Era preciso redefinir vocações e a decisão de construir o Museu de Arte Contemporânea se tornaria um ícone deste novo ciclo.
A restauração do Teatro Municipal foi mais uma iniciativa que levantou o ânimo da cidade, os movimentos de construção e restauração sinalizavam a decisão de avançar para o futuro sem esquecer a riqueza do passado. A valorização do patrimônio histórico de Niterói indicava uma natural vocação para a arte e cultura.
Na economia, o crescimento nas áreas de serviço e comércio revelavam uma tendência que se consolidaria no futuro, ampliada, anos mais tarde com a retomada da indústria naval e afirmação de seu polo universitário.
O retorno de Jorge Roberto ao comando da administração municipal em 2008, no entanto, não correspondeu às expectativas da população. A estagnação política e administrativa predominou em sua gestão, propiciando o crescimento da oposição.